quinta-feira, 27 de setembro de 2012

8 anos de guerrilha midiática!

Hoje a Catarse faz 8 anos! E pra celebrar a guerrilha midiática estamos lançando um site novo: www.coletivocatarse.com.br

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Comitê Latino Americano vai resistir, apesar de cerco da Prefeitura


por Comitê Latino Americano

"Apesar de você, Fortunati, seguiremos!

Companheir@s,

No último sábado a SMIC - Secretaria Municipal da Industria e Comérico esteve no Comitê Latino Americano. Poderia ser a SMC - Secretaria Municipal de Cultura, para parabenizar o espaço pelos mais de 2 anos em prol da Cultura Latino Americana, ou a Secretaria de Turismo, pois pelo Comitê passam todas as noites pessoas dos mais variados países, tanto da nossa América Latina - e aí já tivemos a presença de pessoas de todos os países latinoamericanos -, quanto europeus, africanos, asiáticos...

Mas quem esteve foi a SMIC com um casal de fiscais até que bem simpáticos, mas sabemos que por trás deles tem todo o aparato de repressão montado pelo prefeito e o recado foi claro: CALEM-SE! Neste reino a música está proibida, é subversiva e incomoda ao rei.

A cultura está privatizada e elitizada - veja-se o Araújo Viana, antigo palco popular e agora propriedade da Opus. Veja-se o boneco da coca-merda no Largo Glênio Peres - palco símbolo para os movimentos populares e que agora além de estacionamento também é estande de multinacional.

Qual o futuro desta cidade? Estaremos condenados  a esta babaquice, a esta atrofia mental que parece ter atingido boa parte da população?

Mas resistir é preciso, e seguiremos mesmo que sem a voz dos cantores e cantoras latinoamericanas, que tanto nos encantaram até aqui. Mesmo tendo que fechar a meia-noite todos os dias, inclusive sextas e sábados (o que é ridículo). Mas seguiremos!

Esta vai para o rei-prefeito: Apesar de você amanhã há de ser outro dia."



Estamos com o Comitê Latino Americano, um dos espaços mais importantes da cultura e da resistência em Porto Alegre.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Alerta aos gaúchos: O Deserto Verde está consumindo o Pampa

por Amigos da Terra Brasil

Chegamos, mais uma vez, ao dia 21 de setembro: Dia Internacional Contra os Monocultivos de Árvores. Você sabe o que significa o monocultivo e quais são as implicações socioambientais dessa prática? A monocultura é uma prática industrial, ou seja, não tem como finalidade abastecer diretamente à população – eu e você –, mas às grandes indústrias. Isso faz com que as monoculturas cresçam exponencialmente, uma vez que as indústrias – as quais demandam matéria prima em grande escala – também crescem em uma velocidade absolutamente insustentável com o objetivo de “dar conta” de uma demanda descontrolada, criada pelas próprias corporações para “escoar” seus produtos. No centro desse círculo vicioso, está o modo de produção e consumo, criado e mantido com a intenção de não deixar a roda da produção parar. Por exemplo, 59% da celulose produzida no Brasil é exportada[1], 49,4% do papel produzido no Brasil é destinado para embalagens. Além disso, no mundo, 20% das correspondências[2] é publicidade impressa, e, como sabemos, vai direto para o lixo. Toda publicidade em pilhas e pilhas de papel reflete pilhas e pilhas de produtos devidamente embalados. Ao passo que esses produtos são desenvolvidos a partir da lógica da obsolescência programada – ou seja, com um tempo limite de durabilidade que garanta a substituição em um tempo longo o suficiente para que o consumidor não se sinta prejudicado pela compra, porém curto o bastante para garantir o resgate do investimento feito pela indústria na produção desses produtos –, é impossível sustentar o atual modo de produção e consumo sem inviabilizar a própria vida no planeta.

Neste 21 de setembro, no bioma Pampa, aqui no Rio Grande do Sul, cresce a extensão de terras cultivadas com eucalipto para celulose, destinados a suprir as “necessidades” de grandes corporações extrativas. Ao defenderem seus interesses, essas empresas fazem uso da força – principal razão de episódios de extrema violência no campo. A truculência na defesa do interesse econômico expõe a urgência de se fazer um alerta: o desrespeito crescente e, cada vez mais legitimado política e socialmente, aos direitos fundamentais dos cidadãos. Seja através do uso da força não institucional como as seguranças privadas, seja com o uso do poder institucional como a polícia, as corporações conseguem legitimar suas ações ao inserirem seus interesses privados e específicos na pauta dos interesses públicos. Dessa forma, a população é induzida a crer que a consumação dos interesses das corporações – tidos como públicos – significa um avanço para a sociedade como um todo. O resultado disso é termos as pessoas que defendem uma outra forma de lidar com essa situação – observando o princípio de igual consideração de interesses de todos os sujeitos afetados por essas ações – serem criminalizados ou invisibilizados e vistos como entraves ao “desenvolvimento social”, porém, na realidade, pela perspectiva das corporações, não se está falando em desenvolvimento social, mas sim, em desenvolvimento puramente econômico. A aprovação do novo Código Florestal é um exemplo emblemático dessa lógica perversa, afinal não são as leis ambientais que querem prejudicar as corporações como é alegado; mas as leis são feitas com a intenção de proteger a sociedade. Isso quer dizer que, quando as corporações defendem que a legislação ambiental é um “entrave” ao “desenvolvimento”, na verdade, estão indo contra a proteção que essas leis dão à sociedade na tentativa de dirimir danos ambientais e assegurar o direito ao meio ambiente saudável.

Mais do que isso, as corporações, compradoras de imensos territórios, além de degradarem o meio ambiente, impactarem fauna e flora desses lugares em função do uso intensivo de agrotóxicos e outras práticas predatórias, também acabam gerando graves conflitos com as populações que, historicamente, residem nessas áreas. No Chile, por exemplo, o Povo Mapuche (etnia ancestral chilena) trava uma guerra sangrenta pelo direito de permanecer em suas terras, as quais, infelizmente, entraram na rota dos interesses da CMPC – aqui, Celulose Riograndense. Você até pode se questionar sobre o que a Celulose RIOGRANDENSE faz se envolvendo em conflitos com populações ancestrais no Chile; mas, o correto seria perguntar o que uma corporação de capital chileno faz se envolvendo na degradação do Pampa sul riograndense. Se os limites à ganância não são dados pelas fronteiras dos territórios, muito menos o seriam pela limitação de um bioma como o Pampa, que, afinal, seria só mais um dos tantos biomas que a CMPC e outras transnacionais da celulose impactam pela América Latina e outras partes do mundo. Os limites são tão frágeis que a CMPC, não contente com a selvageria posta em curso no Chile, este mês, [às vésperas do Dia Internacional Contra os Monocultivos de Árvores] adquiriu 100 mil hectares do Pampa gaúcho de outra gigante da celulose, a Fíbria (união entre Aracruz e Votorantim Celulose e Papel). O certo é que nossos governos parecem não pensar nos efeitos presentes e futuros dessa incorporação de territórios, ou, se pensam, as conclusões a que chegam são diferentes das nossas; ou, talvez, o pensar dos nossos governos não esteja alinhado com os reais interesses públicos.

Porto Alegre, 21 de setembro de 2012

ASSINAM ESTA CARTA:

Amigos da Terra Brasil
Centro de Estudos Ambientais (CEA)
Casatierra
Catarse
Econsciência
Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas


[2] Environmental Paper Network – www.environmentalpaper.org.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

3° parte - Jorge Zabalza

Terceira parte da entrevista coletiva de Jorge Zabalza que veio a Porto Alegre participar do Cine Memória e Justiça - Nossa Memória Não Esquece, organizado pela Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela. Nesta parte da entrevista Zabalza fala sobre o governo da Salvador Allende no Chile e os governos "progressistas" da América Latina, em especial o do Uruguai.


sábado, 15 de setembro de 2012

2° parte - Jorge Zabalza

Segunda parte da entrevista coletiva de Jorge Zabalza que veio a Porto Alegre participar do Cine Memória e Justiça - Nossa Memória Não Esquece, organizado pela Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela. Nesta parte da entrevista Zabalza aborda temas como verdade, justiça e terrorismo de Estado. Porto Alegre, setembro de 2012.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Carijada - Encontro para produção artesanal de erva-mate


Na ilustração: árvore, sapeco, carijo, ronda e soque.
 
O consumo de erva-mate no Rio Grande do Sul e em outros estados e países que mantêm este costume provém de uma história há muito já deixada de lado. Milhões de pessoas saboreiam o mate sem saber que é uma prática iniciada por índios e que contém, na sua produção artesanal, um ritual. Para celebrar e compartilhar este conhecimento ancestral, será realizada uma Carijada, em Panambi, nos dias 12, 13 e 14 de outubro. 

Será um momento para conhecer e participar de todo o processo de produção, que vai desde a colheita das folhas até sua secagem e posterior moagem – tendo como uma das ferramentas básicas para a secagem a estrutura chamada CARIJO. Será também uma oportunidade para o encontro de pessoas com diferentes culturas e vivências, que têm na erva-mate e no chimarrão um interesse e um hábito em comum. 

Participe! Saiba todas as informações sobre o evento em www.projetocarijo.com.br.

 
 




Há mais de 100 anos um escritor se levantou contra a injustiça e o preconceito. Émile Zola lançou o manifesto Eu Acuso!, nas páginas do jornal L'Aurore, onde denunciava em uma carta endereçada ao presidente francês, as injustiças do julgamento do Capitão Dreyfus acusado de ser traidor da França. Esse manifesto foi um marco da luta contra o autoritarismo.
Em 2012, Eu Acuso! é uma banda de rock pesado cuja sonoridade remete às influências de um heavy metal mais clássico com pitadas de balanço de RAP e FUNK, que caracterizam bandas como Rage Agaist the Machine e Stuck Mojo. As letras, em português, versam sobre questões políticas e a hipocrisia da sociedade em um mundo cada vez mais midiotizado. "Olho por Olho Sangue por Óleo", 1° música a ser lançada pela banda trata dos conflitos relacionados ao petróleo e o genocídio Palestino: http://soundcloud.com/sarreta/olho-por-olho-sangue-por-leo

Os músicos que formam o Eu Acuso! já tocaram um longo tempo juntos, desde Os Margaridas, passando pela formação da banda Bleque, que lançou o cd balaio de Fé, em 2006. Seus integrantes já atuaram na cena da música pesada do Rio Grande do Sul, em bandas como Sacrário, Leviaethan, Panic, Distraught, Alchemist e Kaus do Porto: Carlos Lots (guitarra), Sandré Morelatto Sarreta (Vocal), Alexandre Mendes (bateria), e Marcelo Cougo de Sá (Baixo).

A denúncia contra a liberdade e a ação fazem parte da filosofia do Eu acuso, por isso todas as músicas são licenciadas para livre circulação e reprodução.
 
Hoje a banda faz show coletivo no Signus Pub, em Porto Alegre, junto com Os Palas e Úlcera, no Setember Punk Fest, produzido pela Mamica de cadela.
O Signus Pub fica na Joaquim Nabuco, 272 - Cidade Baixa eo ingresso custa 10 pila. A arruaça começa às 22h.
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Zabalza: "as classes não conhecem fronteira"

O ex-guerrilheiro tupamaro Jorge Zabalza esteve em Porto Alegre para participar do CINE MEMÓRIA E JUSTIÇA – NOSSA MEMÓRIA NÃO ESQUECE..., realizado pela Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela. Estivemos na coletiva de imprensa que aconteceu na quarta-feira, dia 12, no Utopia e Luta, e depois na abertura do Cine, na Usina do Gasômetro. Dividimos suas falas em partes. Neste primeiro vídeo Jorge aborda a luta de classes: O CINE MEMÓRIA E JUSTIÇA segue até dia 16, todos os dias às 19h, no térreo da Usina do Gasômetro. Veja a programação aqui.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Vida de Greyce


Neste final de semana próximo, o Coletivo Catarse estará iniciando as filmagens do curta-ficção A Vida de Greyce (título provisório, quase final) - um projeto contemplado no quarto edital do LabCulturaViva, do Pontão da FOCU (Faculdade de Comunicação da UFRJ).

O filme conta a história de Greyce, uma menina com Síndrome de Down que trabalha em um supermercado e que está refletindo sobre a sua vida, quando se encontra com algumas coisas que mexem com o seu interior. O roteiro é baseado em acontecimentos reais, adaptado a um artigo que posteriormente virou o próprio projeto.

O papel principal será interpretado por Amanda Cristina Trasmonte, uma garota de 28 anos, que já faz aulas de teatro e dança na escola Nazareth, da APAE-POA. No elenco ainda estão Gustavo Cardoso e Iurque Pinheiro, dois atores de teatro que recentemente participam do projeto Nós em Off.

As filmagens acontecerão no supermercado Céu Sul no Bairro Vila Jardim, e são uma realização do Coletivo Catarse juntamente com os Pontos de Cultura Ventre Livre e Quilombo do Sopapo.


Fotos: Jefferson Pinheiro

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ex-guerrilheiro Tupamaro debate ditadura militar em Porto Alegre

O ex-guerrilheiro JORGE ZABALZA é um ícone da resistência à ditadura militar no Uruguai e estará em Porto Alegre no dia 12 de setembro para participar da abertura do CINE MEMÓRIA E JUSTIÇA – NOSSA MEMÓRIA NÃO ESQUECE... Neste dia, concederá uma entrevista coletiva à imprensa às 11h, no Assentamento Urbano Utopia e Luta.

ZABALZA nasceu em 1943, estudou direito, juntou-se ao Movimento de Libertação Nacional – Tupamaros e foi para a prisão pela primeira vez em julho de 1969. Participou de duas fugas, mas sofreu com outros oito companheiros um confinamento solitário por 11 anos. Foi perdoado em 1985, com a retomada da democracia. Entrou para o comitê central e integrou a Comissão Executiva do MLN-T até 1995. Editou os jornais "Mate Amargo" e "Tupamaros". Foi membro do Movimento Nacional de Participação Popular (MPP) até 2000 e presidente do Conselho de Montevidéu, em 1997. Entre livros e artigos escreveu "O medo e a democracia", onde analisa o funcionamento vertical da estrutura das forças armadas. Sobre ele também se publicou. A biografia de JORGE ZABALZA, livro de Federico Leicht, sacudiu a poeira sobre o assunto e suscitou polêmicas entre seus ex companheiros, batendo recorde de vendas para um livro deste tipo no Uruguai.

Em 2008, casou-se com Veronika Engler, filha de Henry Engler, também um ex refém da ditadura militar uruguaia, condição que a fez vivenciar de muito perto a violação dos direitos humanos, tema para o qual se dedica. Atualmente escreve denunciando os crimes de terrorismo de estado, a política atual do governo uruguaio, como a impunidade e as consequências sociais de seu modelo econômico. Veronika também participará da coletiva de imprensa.

A coletiva de imprensa e o evento CINE MEMÓRIA E JUSTIÇA, que pretende rever o passado para encontrar as saídas do presente e manter-se vigilante em relação à defesa da democracia em toda a América Latina é uma realização da Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela, em parceria com o Movimento Autônomo Utopia e Luta, a Federação Anarquista Gaúcha e o Coletivo Catarse.

O QUÊ: COLETIVA DE IMPRENSA COM JORGE ZABALZA.
QUANDO: QUARTA FEIRA, DIA 12/09
HORÁRIO: 11HS DA MANHA
ONDE: ASSENTAMENTO URBANO UTOPIA E LUTA. NA ESCADARIA DA BORGES DE MEDEIROS, 718.


O QUÊ: CINE MEMÓRIA E JUSTIÇA.
QUANDO: DE 12/09 A 16/9
HORÁRIO:19H
ONDE: PIER  DA USINA DO GASÔMETRO


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Aula de percussão com Tambor de Sopapo

O tambor que nasceu na época da escravidão nas charqueadas no Rio Grande do Sul e foi brilhar no carnaval.

Aprendizado dos toques utilizados na religião de matriz africana no sul do país e outras utilizações do tambor.

Com Paulo Mallet, percussionista, Pai de Santo e pesquisador. Nesta aula, apresenta o estudo dos toques do batuque gaúcho para o Tambor de Sopapo.

Paulo Mallet - Fone: (51) 8101-1311 (TIM) - (51) 9463-9970 (Claro) - http://www.facebook.com/paulo.mallet

Aqui abaixo um toque Arê Cabinda.