quinta-feira, 31 de março de 2011

Pra água ter coragem de vir...



- Velha do Cerrado, o que vc faz aí na água?
- Tô dizendo pra ela tê coragem, fiá. Tô dizendo pra água tê coragem de vir...


Foto e entrevista por Ana Mendes.

Audiência pública debate os impactos das obras da Copa 2014 em POA



Audiência pública na Assembleia Legislativa discutiu, no último dia 25, os impactos das obras da Copa 2014 em Porto Alegre. Os Comitês Populares da Copa de Porto Alegre e as comunidades do Morro Santa Teresa, do Cristal, da Cruzeiro, da Lomba do Pinheiro, da Zona Sul e da antiga zona rural da cidade participaram do encontro.

As comunidades denunciaram os impactos negativos das obras previstas pela prefeitura. Em todas as obras a serem realizadas, haverá despejo e realocação de famílias pobres.

Leia mais no blog Comitê Popular da Copa.

terça-feira, 29 de março de 2011

Ministra da Igualdade Racial comenta sobre caso de racismo com Helder Santos em Jaguarão

Denúncia de racismo foi para a TV Brasil

A matéria que produzimos sobre a violência de integrantes da Brigada Militar de Jaguarão contra o jovem Helder Santos foi ao ar ontem no telejornal da TV Brasil, numa versão reduzida, em cadeia nacional:



A reportagem completa você assite aqui.

Perdidos no HD!



Este é o primeiro de uma série de pequenos vídeos que serão postados no blog ACHADOS NO HC. São fragmentos sem edição tirados de arquivos de imagens feitas ao longo de muitos anos.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Denúncia de Racismo em Jaguarão

Entrevista exclusiva do estudante de História Helder Santos, baiano que sofreu perseguição racista de brigadianos em Jaguarão - RS. Helder sofreu diversas ameaças da Brigada e teve que deixar a cidade para não morrer. Veja a reportagem do Coletivo Catarse.

25 anos da UBS Divina Providência

Quinta feira, dia 31 de março, a Vila Jardim vai comemorar 25 anos que o Posto de Saúde foi inaugurado. Uma vitória da mobilização popular e dos profissionais da saúde. Nessa data festiva, vamos estar juntos com a UBS Divina Providência e a comunidade, com uma série de atividades, a partir das 13:30h, no prédio ao lado do Posto, na Associação de Moradores da Vila Jardim:


13:30 - Oficina de Escrape para mulheres - A Professora Eliana Mara, Doutora em Documentos da Memória Cultural, apresenta oficina de escrape onde fotos antigas, retalhos, fitas e cores formam um painel de histórias, fatos, acontecimentos, eventos, causos, romances, contos, intempéries, crônicas: pedaços de realidade que emergem com as palavras ditas. Se aparecem gravadas em alguma superfície (troncos de árvores, pedaços de muro, cantos de paredes das celas, faixas, outdoors, livros, tecidos, corpos, aço) são agora pedaços de realidades inscritos através de palavras. Outros universos possíveis aparecem quando surgem descrições e inscrições de imagens. Outros instrumentos agregam sons e está criada uma série quase infinita, uma imensurável galáxia de representações. Para inscrição na oficina: 3338-2275(UBS) / 8181-8654 (Camila).


14:00h - Música para crianças e adultos - O projeto Zuando o Som apresenta Histórias cantadas da infância dos Mestres Griôs. É uma mostra musical infantil que apresenta canções com as histórias da infância e ancestralidade dos Mestres Griôs, executadas com cajon, escaleta, baixo, violão e voz. Essas canções foram criadas pelo Zuando Som através do projeto Tuxáua (Minc) num trabalho de vivência realizado com Mestres do estado do RS, e trazem referências culturais infantis de tempos passados com uma linguagem lítero musical contemporânea. Há canções como “Cineminha Tri” que conta sobre o Mestre Paraqueda construindo seus próprios brinquedos quando criança; e a “Canção de Chocolate”, que é uma homenagem à doce Mestre Ana Centeno por revelar o colorido de sua africanidade.


16:00 - Filme documentário sobre os 25 anos da UBS Divina Providência - Conta a história do Posto, com entrevistas das pessoas que fizeram e fazem parte da Vila Jardim. O filme é uma parceria entre o Ponto de Cultura Ventre Livre, as oficinandas do curso de Produção Audiovisual Camila Funk e Adri Zilio, a Agente de Saúde Rose Gafforelli e a unidade de saúde Divina Providência.


No espaço da Associação, durante o evento, a Exposição Famílias do Jardim.


As atividades são abertas ao público.

Na fronteira do Pará com o Amazonas

André, do Coletivo Catarse, está trabalhando num registro audiovisual para o Núcleo Amigos da Terra:

Estou em Juruti Velho, um pedacinho da região de Juruti, fronteira do Pará com o Amazonas, num assentamento de reforma agrária de pequenos extrativistas, que estão sofrendo com a instalação de uma mina de bauxita [minério para a fabricação do alumínio] da Alcoa. Escrevo do Telecentro deles, numa sede bem bacana, com wireless e tudo.

Em breve, as imagens do que acontece por lá.

Atividade com música no Ventre Livre



Conheça oPonto de Cultura Ventre Livre

sábado, 26 de março de 2011

Bataclã FC



Vídeo-registro do processo de gravação do terceiro trabalho da banda Bataclã FC, o Teimosia da Felicidade.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Entrevista Coletiva - Comitê Popular da Copa 2014

Assista a primeira parte da entrevista coletiva convocada pelo Comitê Popular da Copa 2014 de Porto Alegre, sobre as obras para a copa e seus impactos para a população.

quarta-feira, 23 de março de 2011

12 anos da titulação do Quilombo do Campinho (Paraty-RJ)


O Quilombo do Campinho, às margens da BR 101, em Paraty-RJ, comemorou dia 21 de março 12 anos de sua titulação. Foram 2 dias de muita festa e manifestações culturais, que começaram no sábado, com Café da Roça e Roda de Jongo, e culminaram com uma "maratona" no domingo, com capoeira, samba, jongo, rap quilombola e mais muita festa, tudo regado a muita feijoada.

Comemorar o aniversário de uma titulação não é tão importante pela titulação em si, um reconhecimento burocrático do Estado, mas o simbolismo de marcar a data em que oficialmente toda aquela luta de séculos se materializa na posse legal do território dá outros contornos para qualquer interpretação.
Quilombo do Campinho que começou na história de três mulheres batalhadoras, escravizadas, que receberam as terras, hoje celebradas, após a abolição da escravatura. Ao longo do tempo, criaram suas famílias no local e batalharam contra as mais diversas especulações que sempre ameaçavam seu território, situado entre a histórica e turística Paraty e Ubatuba.
Há 12 anos, então, pelas mãos da negra Benedita da Silva, deu-se oficialmente o reconhecimento e posse da terra aos descendentes das três "vozinhas", e novos desafios começaram a surgir.
Um dos principais: o desafio da sustentabilidade.
O quilombo fica em área de floresta, às margens da riquíssima Mata Atlântica, e tem internamente trabalhado para o desenvolvimento de agroflorestas nas propriedades dos núcleos familiares, manejando e replantando diversas espécies nativas, entre elas a Palmeira Juçara. Juçara esta o principal motivo de a Catarse estar presente por lá, pois o quilombo, pela representação da AMOQC (Associação dos Moradores do Quilombo do Campinho), integra a Rede Juçara, um projeto em que o Coletivo tem participado ativamente desde 2009 - clique aqui para saber mais sobre a rede.
Seguindo o padrão de assentamentos que já visitamos, com 12 anos deste reconhecimento oficial e com a possibilidade de implementação dos mais diversos projetos, já se pode perceber um bom desenvolvimento local, com pequenas vilas de cada núcleo familiar, um restaurante que atrai turismo, casa de artesanato quilombola, um Ponto de Cultura e muita produção e expressão cultural, como a Roda de Jongo e o grupo de rap quilombola RN - Realidade Negra.

Por tudo isso e pela certeza de que a luta ainda é grande, pois a especulação imobiliária costuma ser implacável em áreas nobres como esta, às margens de uma rodovia e de zona de mata, próxima a praias belíssimas e amplamente exploradas pelo turismo, que se deseja felicidades e um grande axé a toda a comunidade!

- mais algumas fotos aqui

Audiência Pública para discutir a Copa 2014


Comitês Populares da Copa de Porto Alegre convidam para Audiência Pública sobre os impactos das obras da Copa 2014 e a cidade que queremos.

Dia 25 de março, às 14h, no Auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa.

O Ministério Público Federal convidou as comunidades e também o Ministério Público Estadual, a Prefeitura Municipal, o Governo do Estado e as secretarias municipais e estaduais envolvidas com a questão. No Brasil, as outras 11 cidades-sede vão buscar audiências públicas para marcar o dia como uma mobilização nacional. Este será o momento das comunidades tirarem suas dúvidas e expor suas reivindicações, assim como, movimentos ambientalistas apresentar suas demandas para a construção de uma cidade sustentável.

Copa Sim, mas com respeito aos direitos da população!

Informativo do Comitê Popular da Copa Porto Alegre

Jornalista responsável: Katia Marko (DRT/RS 7969)

terça-feira, 22 de março de 2011

Na beira do mar

Letra de Mateus/ Dadinho


Na beira do mar
chamarei Iemanjá

Zumbi, Ogum, Budum, Erum, Ilê
Alôu

No azul do mar
Clamarei, oh! Iemanjá

Olhai mãe santa, meu canto de dor

Feito em seu louvor

Iemanjá, Iemanjá, iê

Iemanjá escutai meu clamor

Iemanjá, aliviai minha dor

Ô, ô, ô...
Oh! Meu pai Xangô

Ô, ô, ô...
Minha mãe Iemanjá valha-me



Impossível não pensar nesta ligação, em nossa religiosidade. Mas todo respeito a Iemanjá, que já me devolveu do mar, quando eu fazia a viagem pro fundo das águas.

segunda-feira, 21 de março de 2011

400 famílias sem terra ocupam fazenda em São Borja

Por Comunicação do MST

Quatrocentas famílias sem terra ligadas ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam na madrugada desta segunda-feira (21) a Fazenda Palermo, na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul. Os sem terra exigem que o governo estadual finalize a desapropriação da área para o assentamento de 54 famílias acampadas. Também reivindicam que os governos federal e estadual assentem todas as 1 mil famílias sem terra acampadas hoje no estado.

Em 2008, durante a marcha do MST à Fazenda Guerra (Norte gaúcho), o governo federal assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) em que se comprometia a assentar todas as famílias sem terra acampadas no RS. Até hoje, isso não aconteceu. O MST quer que o governo cumpra com o TAC. A reforma agrária é a saída para o atraso do latifúndio na região de São Borja. Onde hoje só existem alguns animais e poucas pessoas, podem viver 54 famílias produzindo alimento saudável, gerando emprego e movimentando o comércio local.

Desapropriação da Fazenda Palermo está parada desde Governo Olívio

A desapropriação da Fazenda Palermo já está encaminhada mas, para que a Justiça emita a posse da fazenda ao governo do RS, é preciso que ainda seja pago um valor ao proprietário da terra. O impasse em relação à área existe desde o governo Olívio, quando foi iniciada a desapropriação. Até agora, passados dez anos, ainda não foi resolvido. Somente depois de ter a posse da terra é que o governo do RS poderá assentar as famílias na área.

Hoje, 1 mil famílias ainda vivem em beira de estrada embaixo da lona preta no Rio Grande do Sul. Muitas, estão acampadas há 9 anos. Desde a desapropriação de parte da Fazenda Southall em São Gabriel (Fronteira Oeste), em 2008, nenhuma família sem terra é assentada no estado.


A reforma agrária tem sido deixada de lado pelo governo federal, que prioriza o agronegócio. O Governo Lula assentou menos famílias sem terra que o de Fernando Henrique Cardoso e, até o momento, a presidente Dilma Rousseff não apresentou plano de reforma agrária. Milhões de reais são destinados, pelo governo federal, para salvar as empresas da crise e anistiar as dívidas dos latifundiários, mas não há recurso para a reforma agrária, que gera emprego no campo e produz alimentos para a população do país.

Todo o nosso apoio ao MST.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Rede Juçara reunida em Ubatuba

Iniciou hoje mais uma reunião da Rede Juçara, na sede do IPEMA, em Ubatuba, São Paulo. O encontro, que vai até sexta-feira, dia 18, faz parte do processo de organização e articulação permanentes proposto pela rede e, nesta etapa, está fazendo a avaliação das atividades do último ano e avaliando estratégias de manutenção da mesma.

Estão presentes representantes de instituições de todos os pólos da Rede Juçara - do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

Foto: Dilton de Castro (Anama/Papa-Mel)

terça-feira, 15 de março de 2011

Ir atrás da mudança

O povo espera, espera, espera e se a mudança não vem, tem de ir atrás da mudança. Viva de novo! Porque o povo determinado nos ensina:

A senhora quilombola tem a vida como argumento...

... soube tirar as palavras do corpo e, na ponta dos dedos...

colocá-las dentro dos olhos e ouvidos na sala.

Então, o Incra já não podia fazer diferente:

ASSESSORIA DE IMPRENSA INCRA/MDA
Porto Alegre (RS), 15 de março de 2011


Incra/RS publica RTID da comunidade quilombola de Morro Alto

Foi publicado no Diário Oficial de hoje (15/03), o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação do território da comunidade quilombola de Morro Alto, nos municípios de Maquine e Osório. O relatório aponta uma área de 4,5 mil hectares da comunidade, em processo de regularização, que beneficiará cerca de 500 famílias.

O RTID é uma importante etapa na regularização dos territórios quilombolas, reunindo peças técnicas variadas, como o relatório antropológico de caracterização histórica, econômica, cultural, ambiental e social da área quilombola – estudo que foi realizado em Morro Alto por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Com a publicação do RTID, os ocupantes não-quilombolas que estão na área – cerca de 350 pessoas - serão notificados, e terão prazo de 90 dias para contestação do relatório. Após esta etapa, é publicada uma Portaria de Reconhecimento do território, seguida de decreto presidencial autorizando o Incra a desapropriar as áreas necessárias.

Os processos de regularização culminam com a titulação da comunidade. Os títulos são coletivos e impossibilitam a venda das áreas. No Rio Grande do Sul, três comunidades já foram tituladas: Chácara das Rosas, em Canoas, Família Silva, em Porto Alegre, e Casca, em Mostardas – estas últimas foram parcialmente tituladas, e o restante das áreas está em fase de desapropriação. No Incra/RS estão abertos atualmente 72 processos.

G.E.Brasil

O Coletivo Catarse está realizando um documentário sobre o GE Brasil, utilizando referências como a General Telles e o enredo da escola que homenageia o Centenário Xavante, para fundamentar o roteiro.
Entre as produções da Catarse, a mais recente é um videoclipe com a letra do samba enredo da escola vermelha e branca pelotense carregando também as cores do rubro-negro da Baixada.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Ui, ui, ui.

Nosso cartunista voltando de férias.

A Choque de rosa choque. Cartum para o caderno Ilustríssima da Folha de São Paulo de ontem.

La garganta poderosa: "Jornalismo é livre ou é uma farsa"

La Garganta Poderosa. Hacerse oir [tema de reportagem da MU-42] Una revista villera que crece y se multiplica en Argentina y Latinoamérica. De excelente calidad de forma y contenido, la hacen los chicos: escriben, producen y venden. Y a veces, van presos por eso.

"La historia dirá que todo estalló un 1º de enero. Todas las voces al unísono, todas las plumas afinadas, todos los lentes en foco, todas las teclas de pie, detonarán en un grito que no saldrá de ningún embajador periodístico, ni de ningún vocero progresista, ni de ningún autoproclamado portavoz de las luchas que no ha luchado y los barros que no ha pisado.
Ahí, justo ahí, en “La Garganta de los barrios”, está naciendo el grito que será estruendo en el primer minuto del próximo año, un grito del alma, desde las entrañas del poder popular. Con la pluma de Santoro, en la casa de Mugica, junto a la moto del Che, por las venas de Galeano, con los pulmones de Miguel, sobre la rayuela de Cortázar, será victoria para José Martí: el primer día del 2011, en el 52º aniversario de la Revolución Cubana, saldrá a la calle “La Garganta Poderosa”, la primera revista mensual pensada, redactada, ilustrada, fotografiada, edificada, pintada, electrificada, dirigida y financiada por la organización popular de numerosas asambleas vecinales, florecidas desde lo más profundo de los pueblos históricamente vapuleados y estigmatizados por los grandes medios de comunicación [...] Hablamos de una revista que nos permita colgar mañana en nuestra redacción las fotos de los comunicadores nacidos en las entrañas del barrio, sin falsos lauros para los que regentean la mano de obra villera o la tinta manchada de pasta base, como putísima plataforma de marketing o de aval moral. No, no. Esta vez, no. Esta vez, mandamos nosotros. Y agárrense el culo los mercaderes de la desinformación, pero agárrenselo bien, porque desde el 1º de enero, La Garganta va a gritar.
Quizá vomite, quizá cante, quizá ría, quizá escupa. Pero que va a gritar, La Garganta va a gritar".

Mu 42: el medio sos vos - 10 anos de LAVACA

Mais uma edição do jornal da Cooperativa LAVACA [BsAs]. Especial sobre meios de comunicação alternativos.

Cómo se rompen los moldes y se pone en jaque el control de la información. Prácticas y teorías que explican por qué cambiaron los medios de comunicación. Una edición especial para una fecha especial: cumplimos 10 años!

Mu, el periódico de lavaca
Pedíselo a tu kiosquero o mandanos un mail a infolavaca@yahoo.com.ar y te lo mandamos por mail en formato pdf o por correo.


As reportagens dessa edição:

Nuestra hipótesis sobre la comunicación hoy: el mensaje es el mensaje
“Estamos en un momneto extraordinario. El capitalismo mediático está en crisis. Nada le garantiza que esta decadencia no termine en la extinción, como artefactos de una era que comenzó con Gutemberg y terminó hoy. El interrogante es si este caldo en el que bulle el futuro no nos convierte en leña también a nosotros, los periodistas…”

Radio Cualquiera, de Paraná. Otra radio es posible
Lograron lo imposible: que 350 personas paguen para escuchar radio. Y desafiaron todos los pronósticos: están por cumplir 5 años de autogestión. Cuáles son los nuevos problemas de un nuevo modelo de comunicación.

El Diario de la Región, de Chaco. Ocupar, resistir, escribir
Es uno de los diarios recuperados por sus trabajadores. Lo lograron a base de guisos y solidaridad. Aprendieron así qué hacer cuando las recetas no funcionan.

La Alameda. Cosiendo las noticias
Comenzó como un comedor y hoy es el centro de la lucha contra el trabajo esclavo y las mafias de la trata. Cómo lograron llegar a los medios y para qué.

La Garganta Poderosa. Hacerse oir
Una revista villera que crece y se multiplica en Argentina y Latinoamérica. De excelente calidad de forma y contenido, la hacen los chicos: escriben, producen y venden. Y a veces, van presos por eso.

“Yo aborté” ahora será un documental. Tomar la palabra
Un proyeco que pone el eje en derribar mitos y dar información certera está convocando mujeres y hombres para que compartan sus testimonios en alta voz.

Mavi Rock. Un pogo de vida
Mavi tenía 17 años cuando murió de leucemia. Sus padres y amigos convirtieron ese dolor en una banda de rock cooperativa que edita una revista y un portal.

Corina Mutante, una película de terror. Mirá como tiemblo
Los vecinos del Arroyo Sarandí filman una película de terror para reflejar sus padecimientos. Los chicos son los protagonistas de esta historia de mutantes y corrupción.

La mirada de Bifo. Revueltos
Este italiano es el más original pensador moderno de la comunicación. Sus teorías nacen de sus prácticas en radios libres y tevé callejera. Aquí, su análisis político-mediático sobre la actualidad.

El fenómeno Anonymous. Tiempo de revancha
Son simples usuarios que se organizan para expresar s rabia. Bloquean páginas web de gobiernos y corporaciones. En Españan salieron a la calle con la máscara de la película V de venganza para boicotear la última entrega de los Premios Goya.

Bioconstruindo cidades mais sustentáveis

Em fevereiro divulgamos aqui o Curso de Bioconstrução promovido por CaSatieRRa e Econsciência no período do carnaval. Desta vez não deu para participarmos, mas no próximo queremos aprender também. O curso é uma ação política e tem relação com a construção coletiva de cidades mais sustentáveis.

Leia mais aqui.

Veja como foi clicando aqui.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Morro Alto de luta, território quilombola por direito

Nos chega agora uma dessas notícias que faz toda a luta valer a pena e que comemoramos com o punho cerrado e um viva! Pelo email do Onir, advogado de quilombos e integrante do MNU/RS: "A Comunidade de Morro Alto (Osório), uma das protagonistas da luta quilombola no Rio Grande do Sul, com três séculos de resistência e história, e uma das primeiras no Estado a pleitear a aplicação do artigo 68 da Constituição Federal de 1988, conseguiu arrancar o que deveria ser de direito, ou seja, a aprovação pela Comissão de Decisão Regional do INCRA-RS, do Relatório Técnico (o RTID) e o compromisso para encaminhamento imediato para publicação do mesmo no Diário Oficial reconhecendo um território de 4600h."

Com apoio dos quilombolas urbanos de Porto Alegre, do movimento social, com destaque para o apoio do Quilombo da Família Silva, GT Quilombola do Movimento Negro Unificado-RS, Sindicato dos Correios e Telégrafos e militantes da Frente Nacional em Defesa dos Territórios Qulombolas e da Frente de Luta Quilombola e Popular, que ocuparam hoje (10/03) o INCRA-RS até garantirem esta vitória fundamental para a luta quilombola no país.

Estamos juntos!

terça-feira, 8 de março de 2011

A luta das mulheres - uma ode ao 8 de março



Dançar até derrubar o capital

Por Clarisse Castilhos e Marian Pessah



Neste ano nós mulheres passamos a perna no Carnaval e fomos para a avenida no dia 01 março, afinal a nossa luta não se restringe ao dia 08, ela é permanente e cotidiana.



Primeiro ato. Com as mulheres da Via Campesina e outros grupos urbanos, okupamos a Braskem. Chegamos de surpresa e furamos o esquema quase militar do pólo petroquímico de Triunfo. Cerca de mil mulheres descemos dos ônibus, correndo pelos caminhos, empunhando nossas bandeiras e atravessando portões. Lá dentro protestamos, nos manifestamos e reunimos em grupos para refletir sobre nosso ato. Antes de continuar a luta na cidade, fizemos uma devolução simbólica da poluição gerada pela Braskem, amarrando sacos de plásticos nos portões e jogando garrafas plásticas para dentro do pátio da empresa.



Para nós a luta é também uma festa por isso estamos dentro. Muitas pessoas se perguntarão: o que tem a ver okupar uma empresa com o 8 de março? Muito. Nesse dia, que é especialmente significativo, conseguimos unir dois alvos indissolúveis: Patriarcado e Capital, as duas pernas do monstro; as duas faces da mesma moeda. Quem se OKUPA da festa somos as mulheres. Não cozinhando, servindo café, ou cuidando das crianças, mas na logística, na organização, no debate e na segurança. Algumas pessoas talvez não compreendam o que isso significa para nós, mas é aí que avaliamos o quanto avançamos e quanto ainda nos falta. É por isso que muitas de nós aprenderam a dirigir carros, mapear lugares, filmar, e até responder a entrevistas para os jornais. Okupar esses espaços que o patriarcado definiu como hegemônico dos homens.



Quem é essa tal de Braskem? Não é uma empresa de tecnologia “limpa”, que produz plástico verde, esse que não polui? “A Braskem é uma empresa brasileira do grupo Odebrecht, que depois da privatização de parte da Petrobrás passou a dominar a produção de petroquímicos no Brasil e na América Latina, explorando mão de obra barata e os recursos naturais. Em 2010 iniciou a produção do dito “plástico verde”, que usa como matéria-prima a cana de açúcar. Aí a coisa já começa a ficar enrolada porque a única diferença entre esse plástico e aquele feito do petróleo é a matéria-prima. Porém, nenhum dos dois plásticos é biodegradável! Pior ainda, para produzi-lo vai ser preciso plantar cana com todos os riscos dessa cultura, como o empobrecimento total da terra. Para o RS vai significar intensificação do monocultivo e invasão das terras da pequena agricultura. A meta é plantar 1 milhão e 800 mil ha de cana transgênica no RS já que a planta não é apropriada para regiões de clima frio.” (Manifesto Via Campesina, MTD e Levante da Juventude) A política do governo Dilma, segue sendo financiar projetos como esse, a unidade de Triunfo - RS foi construída em 80% pelo governo federal.



Não há espaço para as mulheres no ritmo e nas condições de trabalho impostas pelo agronegócio exportador nesses desertos verdes da cana de açúcar, do eucalipto e de outros monocultivos, só o que se expande é a violência e a prostituição. Assim se mantém os latifúndios impedindo, desta maneira, que as terras passem para a reforma agrária e assim para agricultura familiar.



Em suma, o cultivo de cana, expulsa mão de obra (que sempre primeiro serão as mulheres), intensifica a concentração de terras e inibe o cultivo de alimentos orgânicos, em troca da plantação de matéria-prima para combustível (ou, no caso de outras culturas, para a produção de celulose, de alimentos para animais, etc.). Suas repercussões sobre a elevação do preço dos alimentos e da produção de transgênicos para a população de baixa renda são bem evidentes.



Continuando na luta, saímos da Braskem e fomos para Porto Alegre onde nos encontramos com outros grupos urbanos. Elas tinham passado na frente do ícone da mídia capitalista, o jornal Zero Hora, onde queimaram exemplares do caderno “Donna”, um suplemento “feminino”, que tenta passar a imagem de mulheres frívolas que só se interessam por moda, receitas de cozinha, decoração de casa, etc. Aí, a situação pegou fogo e o jornal teve que fechar as suas portas. No trajeto até a praça da matriz elas deixaram suas marcas em alguns monumentos da cidade, ressaltando a posição de inferioridade a que as mulheres são descritas na história contada pelo patriarcado.

Quando nos encontramos, todas juntas, nas portas do Palácio da Justiça, queimamos soutiens e dançamos como bruxas fazendo a nossa revolução.

Nossa luta feminista, se levada as suas raízes, é a mesma da classe trabalhadora e dos povos colonizados e escravizados: nos batemos contra as bases da opressão que hoje está representada pelo capitalismo, mas que também existia antes e permaneceu no socialismo.

Capital e patriarcado estão associados e se baseiam em relações de opressão. E nós mulheres trabalhadoras, contestadoras, negras, lésbicas, e quem estiver fora da norma/lidade somos alvo do controle ideológico, representado pelas leis, pela religião, pela grande imprensa, pela moral e pela família burguesa. Como dizia Flora Tristan, “as mulheres são as proletárias do proletariado”, e já no século 19 tinha consciência de que “o matrimônio significava a apropriação da mulher pelo homem”.



Nós, Mulheres Rebeldes, acreditamos num feminismo autônomo e radikal. Autônomo de donxs, senhorxs, instituições, partidos e igrejas. Radikal, porque luta para destruir o patriarcado-capitalista em suas formas de organização social, política e ideológica. Não aceita dogmas e não acredita em modelos.

Nosso objetivo é subverter a ordem patriarcal, por isso a libertação de toda a humanidade é uma conseqüência lógica, e não a troca de domínio de um grupo sobre outro.

Capital = Patriarcado
Só a luta permanente e cotidiana nos liberta

Sem feminismo não há socialismo

MULHERES REBELDES, março de 2011

- para ver as fotos da Marian, clique aqui

- as fotos neste texto são de Jefferson Pinheiro

segunda-feira, 7 de março de 2011

"De frente pro crime": carnaval no Brasil

JORNALISMO É SUBVERSÃO. Insistimos com a lição do prof. Ungaretti [leia mais no POntodeVista]: é "a percepção das diferenças onde aparentemente existem apenas semelhanças. Ou as semelhanças onde aparentemente existem apenas diferenças. A absoluta singularidade". Carta Capital é quem melhor cumpre a função entre as semanais e surpreende com a última reportagem de capa.




"
Tá lá o corpo/Estendido no chão/Em vez de rosto uma foto/De um gol/Em vez de reza/Uma praga de alguém/E um silêncioServindo de amém"...

[para ler o artigo, clique na imagem]

"Sem pressa foi cada um/Pro seu lado/Pensando numa mulher/Ou no time/Olhei o corpo no chão/E fechei/Minha janela/De frente pro crime"...






De frente pro crime, João Bosco

Tá lá o corpo
Estendido no chão
Em vez de rosto uma foto
De um gol
Em vez de reza
Uma praga de alguém
E um silêncio
Servindo de amém...

O bar mais perto
Depressa lotou
Malandro junto
Com trabalhador
Um homem subiu
Na mesa do bar
E fez discurso
Prá vereador...

Veio o camelô
Vender!
Anel, cordão
Perfume barato
Baiana
Prá fazer
Pastel
E um bom churrasco
De gato
Quatro horas da manhã
Baixou o santo
Na porta bandeira
E a moçada resolveu
Parar, e então...

Sem pressa foi cada um
Pro seu lado
Pensando numa mulher
Ou no time
Olhei o corpo no chão
E fechei
Minha janela
De frente pro crime...

Tá lá o corpo
Estendido no chão...

Tambor de Sopapo é destaque no carnaval de Porto Alegre


"O Sopapo foi amplamente usado a partir da década de 1940 em escolas de samba nestas cidades (Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre*). O tempo promoveu uma migração do instrumento para outros contextos. Artistas /grupos musicais se apropriaram do instrumento no final da década de 1990, ressemantizando sua sonoridade e conferindo status diferenciado ao Sopapo, como elemento identitário e ideológico.
O Projeto CABOBU, idealizado pelo músico Giba-Giba e realizado em Pelotas em 2000 e 2001, foi responsável pelo ressurgimento do Sopapo e por esta recontextualização. Através de uma oficina de construção do instrumento, quarenta Sopapos foram doados aos músicos participantes, entre eles Naná Vasconcelos e Djalma Corrêa, culminando com uma bateria composta por Sopapos, num festival de três dias com palestras sobre a cultura musical afrobrasileira e shows onde o Sopapo estava presente em todas as apresentações, numa grande Festa dos Tambores."

O texto acima, retirado da introdução da tese de doutado do etnomousicólogo Mario de Souza Maia, é um excelente contextualizador da cena cultural que gerou o projeto "Tambor de Sopapo"do Coletivo Catarse, desenvolvido durante o ano de 2010. Quando elaboramos o projeto, já vínhamos acompanhando e também ajudando a articular ações de resgate do tambor, como o desfile da escola de samba Bambas da Orgia em 2009, que devolveu o sopapo ao carnaval de Porto Alegre após 30 anos de ausência.

Quando começamos nossas filmagens para o documentário "O Grande Tambor", partimos da construção da identidade do Tambor de Sopapo e sua relação com o carnaval, o grande carnaval de Rio Grande, Pelotas e posteriormente Porto Alegre, que ocorreu entre 1940 e 1970. Constatamos que a sua retirada do carnaval e quase completa extinsão, tem relação direta ao declínio do carnaval do RS e à invisibilidade que a cultura negra possui na construção de identidade gaúcha, representada pelo positivismo branco.

Neste contexto, fica ainda mais relevante o que a escola de samba de Porto Alegre "Império da Zona Norte" fez no carnaval deste ano, levando o músico e ativista cultural Zé Evandro como destaque na bateria, tocando um Tambor de Sopapo. A bateria nota 10 que é comandada pelo grande Sandro Gravador, garantiu mais uma vez que este instrumento volte a fazer parte da maior celebração brasileira, que é o carnaval. Ações como esta trazem o sopapo de volta não somente à avenida, mas também à memória coletiva do estado do RS.

Abaixo vídeo da bateria no sambódromo de Porto Alegre:



*N.E.

sexta-feira, 4 de março de 2011

5 anos da ação das mulheres na Aracruz

do site do MST



Protesto das mulheres na Aracruz completa 5 anos

Por Bianca Costa
Da Página do MST

Na madrugada do dia 8 de março de 2006, 1.800 mulheres da Via Campesina realizaram uma das maiores ações contra o monocultivo de eucalipto no Rio Grande do Sul.

Organizadas, as mulheres ocuparam o viveiro hortoflorestal da Aracruz Celulose, em Barra do Ribeiro, município que fica a cerca de duas horas de Porto Alegre. Na ação, elas destruíram estufas e bandejas de mudas de eucalipto.

A repercussão do protesto ampliou o debate sobre a monocultura de eucalipto e chamou a atenção da sociedade sobre os malefícios sociais, ambientais e econômicos desse tipo de cultura.

Por que a celulose da Aracruz

Em 2006, ocorria em Porto Alegre o encontro internacional da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), para discutir a Reforma Agrária e o desenvolvimento rural.

As mulheres decidiram que era o momento de tornar visível para os países que participavam da conferência as consequências do plantio em grande escala de eucalipto. “As mulheres decidiram tornar público o que estava acontecendo com a terra, com os camponeses e com a saúde para o conjunto da sociedade. Decidiram que a Aracruz simbolizava essa denúncia e por isso a ocuparam e destruíram as sementes e as mudas dos viveiros como uma forma de chamar a atenção da sociedade para o que representa esse modelo de cultivo”, afirma Ivanete Tonin, do militante do MST.

O eucalipto precisa de muita água para o seu desenvolvimento. Originário de regiões úmidas da Austrália, a planta precisa em média de 30 litros de água por dia ao longo de suas fases de crescimento.

No Brasil, embora tenha muitos rios, não existem vastas regiões úmidas, portanto, o plantio em larga escala de eucalipto pode provocar desequilíbrios nas águas existentes na região de plantio. Como consequência disso, vai faltar água para plantas, consumo humano e animal.

Como suas raízes são muito profundas, o eucalipto seca várzeas, poços artesianos e vertentes, trazendo o ressecamento da terra de superfície na região e altera o regime de chuvas. A falta de umidade torna mais difícil a entrada de frentes frias e ocorrem mais estiagens, como as registradas na região sul do Rio Grande do Sul, onde se planta muito eucalipto.

Na época, a Aracruz Celulose era uma das maiores produtoras de pasta de celulose do mundo. Em 2006, no Rio Grande do Sul, a multinacional possuía 300 mil hectares de terra para plantar eucalipto, planta da qual se extrai a celulose. A intenção da empresa na época era chegar em 2015 com 1 milhão de hectares de terra plantadas no estado. Mais de 95% da celulose é para exportação.

O produto serve para a produção de papel higiênico, papel toalha, lenço, papel absorvente e demais produtos descartáveis, de acordo com o Com informações do informativo “O latifúndio dos eucaliptos: Informações básicas sobre as monoculturas de árvores e as indústrias de papel”, da Via Campesina do Rio Grande do Sul.

Essa situação, simbolizada pela Aracruz, fez com que as mulheres decidissem pelo ato. “Essa ação visava denunciar o conjunto desse padrão de produção que transforma os países pobres apenas em colônia. Nós ficamos apenas com o prejuízo”, relata Ivanete.

O ato durante a semana do encontro da FAO teve a intenção de alertar para as ações do governo federal. “O governo veio à Porto Alegre fazer propaganda de que o Brasil estava acabando com a fome. Mas na verdade, esse governo representa os interesses do capital no campo. É um governo que não faz Reforma Agrária e defende o agronegócio”, afirma Ana Hanauer, da direção estadual do MST.


Protagonismo na luta de classe

Além de denunciar o êxodo rural provocado pela expansão das áreas de plantio da monocultura do eucalipto, a expulsão de pequenos agricultores de áreas próximas em função da escassez de água e também as péssimas condições dos trabalhadores que são contratados sem direitos trabalhistas pelas empresas do setor, a ação teve forte repercussão dentro dos movimentos sociais, da esquerda em geral e na sociedade.

“O 8 de março de 2006 representou a afirmação e a construção de um feminismo proletário contra o capital. Porque até o momento, o feminismo era muito vinculado à classe média, às demandas que são importantes para as mulheres, mas até então não tínhamos uma ação mais concreta de enfrentamento com o capital,” explica Claudia Teixeira, do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD).

A ação na Aracruz deu maior visibilidade às lutas das mulheres da Via Campesina. Até então, era realizadas ações na linha de afirmar a presença das mulheres nos diferentes setores na perspectiva dos direitos.

Em 2006, as mulheres se tornam protagonistas do ponto de vista da luta contra o capital. “Chegamos no momento de dizer que neste modelo de sociedade, nem homens nem mulheres tem vida. Também teve uma repercussão grande nos movimentos, pois as mulheres assumiram todas as instâncias da preparação do ato. Isso representou um empoderamento interno muito importante”, avalia Sarai Brixner, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).

A manifestação também representou a primeira ação mais forte de mulheres do MPA. “Significou, então, um marco histórico para nós enquanto movimento social de luta das mulheres. Além disso, a ação revelou toda uma discussão sobre monocultura, transgenia e contaminação do meio ambiente com a produção de pasta de celulose,” afirma Rosieli Lüdtke, do MPA.

Na Via Campesina, as mulheres entravam em um período de ascensão, no qual participavam mais intensamente dos debates e das questões de gênero. “Essa ação nos projetou enquanto referência política de luta de classe. Nós temos que responder a altura e isso ultrapassa as pautas dos movimentos”, explica Ana Hanauer, do MST.

A ação representou uma reafirmação de uma luta maior contra o capita e revelou, conforme Ivanete Tonin, a ideia de que não há libertação das mulheres sem a destruição do capital. “A libertação das mulheres não se dá somente dentro de casa, ou nas relações, mas sim na construção de um outro modelo de sociedade. A opressão das mulheres também está fundada na sociedade capitalista,” afirma Ivanete.

O protagonismo das mulheres na ação também é destacado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). De acordo com Patrícia Prezotto, as mulheres começam a pautar a luta de classe. “Foi um momento histórico para as mulheres. Elas começam a não aceitar o que o capital impõe. Essa ação na Aracruz demonstra que as mulheres têm condições de fazer a luta contra o capital,” salienta Patrícia.

A identificação do capital como o grande inimigo da classe trabalhadora também foi um dos acúmulos da luta. “2006 traz para nós a discussão da celulose e da monocultura, pois até então a sociedade não percebia o mal que representa para a humanidade esse tipo de cultura,” relembra Izanete Maria Colla, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC).

Além disso, a construção da luta na Aracruz representou uma unidade mais forte entre as mulheres. “As mulheres se identificaram, pois a ação bateu forte na questão do monocultivo, na questão ambiental e na questão do capital. Isso fortaleceu muito os movimentos que participaram da luta”, diz Elci da Paz, do MMC.

Outro aspecto é que a luta do 8 de março de 2006 questionou a opção de parte da esquerda de apostar no processo eleitoral para fazer mudanças estruturais na sociedade em favor dos trabalhadores. “Aquela ação mostrou que as mulheres pobres que se movimentavam ali não se sentiam incluídas neste poder, na medida em que denunciavam que o governo Lula liberou os transgênicos e flexibilizou as leis ambientais. Então é uma ação que também chocou por questionar essa via de fazer a luta”, explica Ivanete.

Reação da sociedade

As mulheres avaliam que em um primeiro momento, a reação imediata da população foi de criticar e condenar a ação, principalmente pela influência da mídia buguesa, mas depois que o assunto começou a ser debatido, muitas pessoas passaram a ver a ocupação da Aracruz com outros olhos e a apoiar a luta contra a monocultura do eucalipto.

“Uma parcela importante da sociedade entendeu que as mulheres destruíram aquilo que viria a destruir a terra, secar os rios e causas uma série de problemas, inclusive para a saúde”, avalia Neiva Vivian, do MST.

Entretanto, devido à abordagem da mídia que tratou a ação como um crime e defendeu a empresa, ignorando os impactos da monocultura para a população e o meio ambiente, alguns setores da sociedade ainda não compreenderam a importância da destruição do viveiro da Aracruz. “Nós não somos contra a tecnologia, nós somos contra uma tecnologia quando está apenas em função do lucro,” relata Ivanete.

A ação na Aracruz está no contexto da condição de barbárie que as mulheres vivem na sociedade capitalista patriarcal. “Nós mulheres não temos nada a perder. E esse gesto de radicalidade é compreensível a partir do momento em que as mulheres dizem que só o socialismo que resolve o problema das mulheres. Não é possível remediar em nenhum aspecto. Não tem reforma, não tem ação governamental que amenize a condição de opressão da mulher na sociedade em que a gente vive”, sintetiza Ana.

O vídeo que produzimos sobre a ação da Via Campesina no 01 de março deste ano também está na página do MST. Clique aqui.

A voz dos poucos e barulhentos (ou: a emergência das redes culturais)

Por Rodrigo Savazoni

O jornalista Leonardo Brant, do site Cultura e Mercado, escreveu um texto hoje em defesa da Ministra da Cultura Ana de Hollanda. Brant, que vem mantendo estreita colaboração com a coordenação do atual ministério, inclusive se prontificando recentemente em intermediar o diálogo dos gestores da pasta com os movimentos de cultura digital, afirma que a ação nas redes sociais e na imprensa contra as medidas tomadas por Ana de Hollanda é resultado de um esforço orquestrado por poucos e barulhentos atores que apoiavam a gestão Gilberto Gil e Juca Ferreira.

Não é verdade. Temos debatido as posições do Ministério de Ana de Hollanda, Vitor Ortiz e Antonio Grassi – a trinca de gestores que comanda a pasta – a partir dos fatos que eles mesmos geraram, das indicações eloqüentes que têm sido dadas. Não porque tenhamos quaisquer compromissos com este ou aquele grupo, mas porque somos favoráveis à continuidade das vitoriosas políticas culturais do governo Lula. Não por meio de uma central de boatos e falsos argumentos contra o Ministério, mas sim do debate público.

Portanto, é preciso dizer, a leitura de Brant não tem lastro na realidade e reduz uma ação legítima a um mero jogo subterrâneo de poder.

É sempre bom recuperar os fatos.

Como essa história começa?

Logo que foi anunciada Ministra da Cultura, em entrevista coletiva na sede do BNDES, Ana de Hollanda demonstrou interesse em debater a questão dos direitos autorais, utilizando-se de argumentos comuns aos opositores da proposta de revisão da lei brasileira de propriedade intelectual, que havia sido objeto de consulta pública em 2010.

Uma rede espontânea de ativistas e artistas então produziu uma carta aberta, publicada na plataforma CulturaDigital.br, propondo diálogo. Isso ainda em 2010. A carta jamais foi respondida por Ana ou sua equipe.

Com quinze dias à frente do Ministério da Cultura, a ministra ordenou a retirada da licença Creative Commons do site, mesmo com pessoas próximas e de sua confiança orientando-a a não fazer isso. Nesse momento, sua equipe de secretários nem sequer tinha sido nomeada, o que ocorreu um dia depois, em meio às críticas pela decisão política arbitrária – que Ana defendeu como uma mera escolha técnica.

A partir daí, uma série de fatos ligados à questão dos direitos autorais começou vir à tona, todos eles demonstrando uma inflexão favorável aos atores contrários à reforma.

É bom lembrar que o principal argumento utilizado pelo atual Ministério foi o de que houve pouco debate nos últimos anos. Não é verdade. Nunca se debateu tanto o tema. Até por isso, o grupo que agora irá dirigir o debate sobre direitos autorais estava sendo derrotado, por inconsistentes que são suas posições, mas conseguiu se articular para coordenar o processo.

A ação contra as decisões (e não contra a pessoa) de Ana de Hollanda visam a garantir a continuidade que se consagrou vitoriosa com Dilma Roussef.

Não se pode reduzir uma política baseada em princípios a um mero movimento de deslocamento de poder. O levante que está nas ruas é reflexo de escolhas e ações da atual administração. É uma reação ao processo de desmonte das conquistas do governo Lula no campo cultural, e não uma tentativa de preservação de espaço.

É uma articulação para que os Pontos de Cultura continuem a ser o centro das políticas. Para que a ideia dos pontos não seja substituída por uma visão elitista de construção de equipamentos culturais reponsáveis por “levar cultura” a quem não tem.

Outro aspecto que me força a escrever esse texto é a percepção de que a mesma arrogância que marcou algumas das decisões recentes do Ministério da Cultura surge na leitura que Brant faz de seus opositores.

Trata-se de um velho truque: a tentativa de desqualificar o interlocutor, questionando sua condição de agente político. Esse movimento denota má intenção ou desconhecimento (1) das dinâmicas sociais recentes do país e (2) da forma como a política se organiza no contexto das redes interconectadas.

Sobre o primeiro ponto, vale dizer que nos últimos anos o complexo país em que vivemos viu emergir uma série de movimentos e redes ligados ao campo político-cultural. Parte desse crescimento foi induzido pelo do-in antropológico promovido por Gilberto Gil e sua equipe.

Durante o governo Lula, os agentes da diversidade cultural foram reconhecidos e alçados à condição de protagonistas da cultura, o que ampliou o arco das políticas públicas de cultura de forma pioneira. Também é preciso dizer que o movimento de comunicação, cercado pela escolha de Hélio Costa para dirigir a pasta, teve no MinC de Lula um importante aliado.

Esse movimento que espontaneamente age em rede tem em comum o fato de se beneficiar do avanço das novas tecnologias, filosoficamente e como instrumento de luta. Ou seja, a internet, ao permitir a livre circulação de bens culturais, (dês)organiza a economia tradicional da cultura, baseada no copyright, e redefine noções como centro-periferia, local-global, sucesso-fracasso. Também opera como fundamental instrumento de organização em rede, o que para as novas gerações aparece como alternativa estruturante de ação política – em face do ocaso dos partidos e das organizações tradicionais.

Somos muitos os reunidos nessa operação descentralizada pela continuidade das políticas de Gil e Lula: Partido da Cultura, Movimento Música para Baixar, Circuito Fora do Eixo, Festivais Independentes (Abrafin), Casas Associadas (circuito de casas de espetáculo), Pontos de Cultura, Movimento Cultura Digital, Campanha Banda Larga: um direito seu! Frente pela Reforma da Lei de Direitos Autorais, Movimento Mídia Livre, Blogueiros Progressistas, Mega Não (contra o PL Azeredo), Movimento Software Livre, entre tantos outros.

Esses organismos todos supracitados ainda não são os únicos agentes relevantes desse processo. Porque muito do que surgiu nos últimos dias é fruto do cidadão autônomo e consciente, sem organização ou militância definida, que vem fazendo valer o seu poder de mídia.

Estamos, pois bem, diante de um sistema complexo, composto por gente que agita ou produz cultura, que realiza, estuda e movimenta, dentro e fora das Universidades, dentro e fora das estruturas do mercado tradicional, dentro e fora dos partidos políticos (muita gente do Partido dos Trabalhadores tem participado dessa mobilização).

Um enxame, sem centro, sem lideres, que não começou com uma reunião nem irá terminar assim. É a própria dinâmica da vida em rede se expondo, e – por isso, só por isso – acaba por fazer barulho.

Sigamos, então, com o debate, mas sem tratar aliados históricos das causas da democratização da cultura e da comunicação, que ajudaram a construir o governo Lula e a vitória de Dilma, de forma desrespeitosa. Isto não é um convescote. São os rumos do país que estão em questão.

O texto, originalmente publicado no blog Trezentos, tem muitos links para outras páginas.

Qué, cómo y para qué la permacultura

Permacultor Guillermo Hernán Pierri
Em Desinformémonos número 17, março de 2011.

Trabajar sin perturbar la naturaleza

Para la permacultura sólo hace falta tiempo para que las cosas se vayan dando. Se diseña por etapas y al principio se debe tener mucha paciencia, pero una vez que todo está vinculando y funcionando se vuelve juego de niños.

De los principales problemas que tiene el uso de la permacultura es que por el modo de vida que llevamos nos cuesta un poco adaptar nuestros tiempos para volver al tiempo natural, el proceso de cambios para muchos es prácticamente imposible, debido a que durante siglos vivimos adaptando la naturaleza a nuestra forma de vida y en este caso es todo lo contrario, o sea adaptarnos nuevamente a vivir acorde con la naturaleza, para evitar procesos destructivos innecesarios

La permacultura en estos tiempos se ha limitado a las personas adineradas que pueden pagar construcciones ecológicas que son más caras que las de cemento y zinc. La mayoría de la población no tiene dinero para esto, ni siquiera para pagar un terreno o un pozo de agua, ni para pagar los cursos y diseños carísimos que dan los permacultores con experiencia.

Pero esperamos que esta realidad cambie al tomar conciencia de la buena vida que podríamos llevar si todos colaboráramos por vivir mejor. Cuando estuve en Colombia viví con unos indígenas de por allí, y para mi sorpresa, vivían de forma natural, tenían sus alimentos y agua limpia de un río que baja por la montaña, que además contaba con peces para el consumo, claro que sólo cazan por comida y tienen muy en cuenta los períodos de reproducción de los animales, para no terminar extinguiéndolos y quedarse sin alimentos en el futuro. Para ellos, que no conciben el sistema como un capital, es mucho más fácil. Se cooperan para todo, construyen sus casas y siembran sus alimentos, y como son familias numerosas todos trabajan por el bien común.


Para la permacultura sólo hace falta tiempo para que las cosas se vayan dando. Se diseña por etapas y al principio se debe tener mucha paciencia, pero una vez que todo está vinculando y funcionando se vuelve juego de niños. Jamás se toman decisiones apresuradas y una vez que algo se transforma ya no se vuelve a intervenir, pues la energía natural trabajara por sí sola.

Porqué sí a la permacultura

Medio ambiente: lo que hacemos en permacultura es trabajar a favor de la naturaleza buscando nuestro bienestar pero sin perturbar los procesos naturales, adaptándonos nosotros a la naturaleza y no al revés, dejar que la naturaleza nos enseñe a tomar decisiones adecuadas. Aquí no se desecha nada, todo sirve para todo de forma cíclica (empieza, termina y vuelve a empezar)

Lo que hacemos en nuestros sistema es ponernos a pensar solo en el dinero sin hacer caso a las problemáticas que puede traernos el no hacernos cargo de nuestros desperdicios, se producen cosas tóxicas e innecesarias provocando un caos de contaminación, arruinamos el bosque , el agua y el aire, cosas esenciales para la vida y lo que es peor arruinamos nuestra salud en todo los planos de existencia, este modo de vida no puede perdurar, porque a diferencia del otro este no tiene ciclos es un sistema lineal y no se puede operar un sistema lineal en un planeta finito, (los recursos se agotan y los desechos no se reutilizan, los tóxicos que se producen ya no volverán a la tierra de forma natural.

Economía: En la permacultura todos los recursos los tomamos de la naturaleza. Por ejemplo, a la hora de comer servimos alimentos naturales sanos hechos en casa llenos de nutrientes y sin gastar un centavo por ellos, y el agua la sacamos o bien de un pozo, o un río o de lluvias, y las devolvemos limpias al sistema sin contaminar, este es uno de los limites más comunes en la naturaleza porque en nuestro sistema es muy probable que venga alguna empresa foránea a contaminar o llevarse nuestra agua, por ello es que debemos estar en comunidades, para defender nuestros derechos, aunque en muchos lugares la justicia no responde y la única opción es bloquear la construcción. Esto nos pone en peligro, porque las naciones defienden más los derechos de las grandes corporaciones que pagan a algún juez de turno por hacer la vista gorda y en muchos casos hasta utilizan las fuerzas como el ejército o la policía, para poder hacerse con las suyas, lo cierto es que si estamos comunicados con otras regiones y filmando estos atropellos podríamos lograr poner en evidencia a estos tipos y quizás la toma de conciencia sea aun mayor. Tendríamos que buscar entonces líderes más competentes con la gente que con las corporaciones.

Por otro lado, en nuestro sistema la comida no se produce para que la gente de nutra de ricos alimentos, sino para comerciarla, haciendo productos degenerados en laboratorios para que duren más y muchas veces por no decir todas sin nutrientes, aparte de generarnos vicios como el cigarrillo o la coca cola , que afectan directamente a nuestra salud. Pagamos carísimo para alimentarnos mal.

Educación: En la permacultura todos aprendemos de la naturaleza y nosotros también pertenecemos a este grupo aunque no parezca, los niños y ancianos también pobres o ricos también pueden enseñarnos cosas nuevas y nosotros enseñarles nuestras experiencias en nuestras prácticas pero por sobre todo en la naturaleza esta todo lo que necesitamos aprender para vivir de forma sana y saludable. Las experiencias son vividas y divertidas.


En nuestro sistema en cambio nos preocupamos por aprender cosas que en muchos casos están más ligadas a lo económico que al desarrollo físico mental o espiritual de las personas de esta manera entramos como engranes de este sistema destructivo y nos hacemos tan dependientes que si algún día nos tocara vivir en la naturaleza no sabríamos ni cómo hacer del baño

Salud: En la permacultura, como todo lo que nos rodea es natural, no se produce contaminación y tenemos más tiempo para nosotros, uno sin duda vive más saludable, se complementa con varias artes como cualquier cosa recreativa el yoga o carpintería, salir a visitar a algún pariente lejano, etcétera.

En nuestro sistema vivimos rodeados de contaminación, estrés y la tensión que nos lleva al límite en el que el ser humano no puede razonar de forma natural y consciente, sin contar la violencia del precio de vivir con la soga al cuello.

Por esto y mucho más nosotros queremos volcarnos a la permacultura, para no depender más que de lo que tengamos para subsistir en este mundo que cada vez se torna más complicado y empezar a ver qué es lo que realmente necesitamos para vivir una buna vida. Promocionarlo con ejemplos que demuestren que cuanto más huertas halla, menos hambre va a haber en el mundo, cuanto más arboles sembremos, más agua de lluvia y oxigeno propagaremos. La estética actual es muy linda al ojo humano pero no es sostenible, es necesario dejar de ver el mundo con nuestros ojos y empezar a verlos con los ojos de la naturaleza.

El comercial de Coca Cola, a través de un ejercicio de sinceridad

Sí, hay razones para creer en un mundo mejor. Pero no están dentro de una botella de Coca:

quarta-feira, 2 de março de 2011

Guerrilha midiática - Fórum da Cultura Digital Brasileira

Ensaio audiovisual do Coletivo Catarse/Wladymir Ungaretti para o Forum da Cultura Digital Brasileira. Devaneio poético pelas lutas digitais. Um saravá aos bits revolucionários.

Guerrilha Midiática from FLi Multimídia on Vimeo.


"Este vídeo [...] abriu em todos os espaços que divulguei, desde ontem (01.03), a possibilidade de uma discussão mais efetiva sobre como ocupar estes mesmos espaços de forma mais combatente. Pierre Bourdieu já dizia que variedades, em jornalismo, tem a função ideológica de desviar a atenção do essencial. É o que denominamos de perfumarias", comentou W.U., na sequência de repercussões após postar o vídeo no Facebook.

"Mais amor, menos motor", o grito da noite nas ruas sem carro

Muitas emoções na manifestação de ontem [01.03] no Centro de Porto Alegre: a favor da vida no trânsito e de uma cidade mais com a nossa cara.

Que se faça do asfalto nosso corredor de gentilizas. Parabéns a todos pela noite. Somos muitos. Somos pedalando.

El apoyo de los hermanos de Argentina - a luta por uma vida com gracias se estende mundo afuera.

[fotos: Eduardo Seidl e Patrícia de Camillis]